segunda-feira, 25 de outubro de 2010

'Olha o Cão!', avisou Mão de Onça, antes de sofrer gol mais lindo de Pelé


Aos 79 anos, ex-goleiro do Juventus relembra jogada em que Rei deu chapéu em quatro antes de testar para a rede e diz que jamais viu gol igual

Por Márcio Mará
Rio de Janeiro

Por onde passa, Durval de Moraes é obrigado a contar a mesma história há 51 anos. O hoje seguidor da religião das Testemunhas de Jeová virou lenda no dia 2 de agosto de 1959. Nos tempos em que era apenas o goleiro Mão de Onça, do Juventus, foi a última vítima da obra de arte mais perfeita de Pelé, segundo o próprio Atleta do Século 20 e a maioria dos 10 mil presentes na Rua Javari. O gol em que o Rei dá quatro chapéus e testa a bola antes de estufar a rede na goleada do Santos por 4 a 0 só tem registro fotográfico. Mas o filme não sai da cabeça do viúvo de 79 anos, pai de nove filhos, avô de 17 netos, bisavô de 10 bisnetos.

- Não é porque foi em mim não, mas não vi mais bonito até hoje. Não dá para comparar com qualquer outro. Nem de Maradona, nem de Messi... Achei mais parecido o do Alex, quando jogava no Palmeiras (veja no vídeo abaixo). Ele chapelou um marcador e depois o Rogério Ceni, mas não completou de cabeça e deu balão em menos gente... - afirmou, com autoridade.

Da mesma forma que lembrou a jogada feita pelo meia, hoje no Fenerbahçe, da Turquia, na vitória do Verdão sobre o São Paulo por 4 a 2, pelo Torneio Rio-São Paulo de 2002, Mão de Onça não esquece até hoje os detalhes do golaço do Rei. Aos 36 minutos do segundo tempo, o Santos já vencia por 3 a 0 quando Jair lançou Dorval pela direita. Na altura da meia-lua, ele centrou para Pelé, que vinha em velocidade. O primeiro a levar chapéu foi Julinho. Depois vieram Homero, Clóvis e, por último, Mão de Onça. Estava pronta a obra-prima com quatro chapéus e, segundo Mão de Onça, duas embaixadinhas de cabeça antes de testar para o fundo da rede, ao contrário da reconstituição do lance feita no filme "Pelé eterno".

- Antes da risca do meio-campo, o Pelé já saiu em disparada. Eu gritei para o Julinho: "Olha o Cão, atenção!". Eu chamava o Pelé de Cão... Pensei que o Julinho ia cortar de cabeça, mas o Pelé matou no peito, tirou a bola, já o encobriu... Depois foram os outros. Fiquei por último... Quando eu levantei, com a bola lá dentro, o Rei comemorando, aquela gritaria toda no estádio, o Clóvis estava debaixo do gol. Se jogou lá, tentando tirar a bola. Olhei para ele e disse: "Pô, como é que pode esse cara meter um gol assim, dessa maneira?" Ele me respondeu: "Esse aí é o diabo em forma de gente!". O Julinho ainda falou: "A bola estava no meu peito. Quando vi,sumiu!" - disse o ex-goleiro, por telefone.

Segundo Mão de Onça, Pelé estava naquele dia visivelmente irritado com a perseguição da torcida do Juventus. Mas, após os gols, o estádio inteiro bateu palmas para o Rei. E um fato curioso aconteceu: enquanto discutiam sobre o gol, o ponta do Juventus, Rodrigues, que estava deslocado como lateral-esquerdo, voltou gritando para toda a defesa.

- Este é o gol mais bonito que já vi! Por que vocês estão tão brabos? Têm é que abraçar o Pelé!

- Então, vai lá você abraçar! - respondeu o goleiro, ainda inconformado com o lance genial.

Para piorar a situação, Mão de Onça estava todo sujo de lama. Havia uma poça ali na área por causa das chuvas daquela manhã. O arqueiro contava com ela como aliada para parar a bola...

- Naquela fração de segundo, pensei em mil e uma coisas. Ameaço que vou e não vou? Bola de poça em água não pula... Minha ansiedade foi senti-la na água. Mas não chegou. Ele a tirou antes e me deu o chapéu. Pelé pensava muito rápido. E fui para a água, com barro e tudo.

Com ou sem barro, Mão de Onça, único daquela defesa do Juventus ainda vivo, foi um dos que sofreram na mão do Rei. De cabeça, o goleiro, que começou a carreira com 15 anos, diz que sofreu oito gols do maior jogador do planeta. Depois de começar no amador Primavera Indaiatuba, Durval ingressou no antigo Clube Atlético Ituano - não é o Ituano de hoje, frisa. Após breve passagem por São Paulo e Atlético Mineiro, encontrou o seu porto seguro no Juventus. Querido lá, guardou também boas lembranças

- Mas nosso time penou com o Santos. Dois anos depois daquele gol, teve um jogo na Rua Javari... O Pelé fez outra jogada impressionante. A partida estava 1 a 1. Empate com o Peixe era vitória. No segundo tempo, ele pegou uma bola na linha lateral do campo. Eu gritei: "Cerca!". O Pelé olhou para trás, para as arquibancadas. O Cássio, que tinha ido nele, em vez de tomar a bola, fez a mesma coisa. Levou um drible da vaca. O Pelé saiu driblando todo mundo para a outra lateral, na esquerda... Aí, voltou driblando para a direita, cruzando o campo. A cena era incrível, todo mundo atrás do Rei... Eu pensei: se ele fizer esse gol, paro de jogar! Aí, quando se aproximou da área, centrou na cabeça do Pagão, que fez 2 a 1.

Na época, aquele dinheiro do bicho fez falta para Mão de Onça, que jogou até os 37 anos. Hoje, o ex-goleiro vive da aposentadoria depois de ter trabalhando numa firma de dedetização e como servente na USP. Com três casas alugadas em Itu, vive no Grajaú, em São Paulo. Quando está com "a grande família espiritual", nas Testemunhas de Jeová, Durval de Moraes vira e mexe é alvo das gozações dos mais jovens quando fala sobre os duelos com o Rei Pelé. Tudo com o maior respeito.

- É bom sempre ser lembrado. Os santistas na Congregação brincam muito, e conto para eles as histórias. Acho engraçado hoje quando comparam alguns jogadores com o Pelé. As pessoas falam essas coisas porque nunca jogaram contra ele. Você já viu alguém fazer tabela com a canela do adversário? Pois é...

Em agradecimento por tudo que o grande Rei fez. Pelé 70 (Mickaell Clygens)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Comércio de latinhas gera lucro para muitos alagoanos




Por Mickaell Clygens

Papelões, metal e alumínio, esses são os materiais de que muitos dependem.

Uma noite de diversão com amigos regada a várias cervejas pode gerar renda para aqueles que sobrevivem em Alagoas como catador de latinhas. Pelas ruas, eles recolhem o que é levado ao lixo e fazem com que esses materiais ganhem nova utilidade a partir da reciclagem.

Diversas famílias dependem desse trabalho, mas sua função social ainda é desconhecida pelos cidadãos alagoanos. Catador há 10 anos, José Florin, conta que alguns alagoanos não têm respeito pela figura do catador e desconhecem a importância do trabalho para o meio ambiente. “Levanto-me às 5h da manhã e termino meu turno por volta das 8h da noite, para no fim do dia conseguir R$ 30,00. Por muitas vezes passei por uma situação de desrespeito, muitos acham que nós catadores somos ladrões, drogados, poucos nos veem como pais de família.”, reclamou José.

Em Alagoas, vários depósitos de reciclagem estão espalhados pelos municípios, e através desse trabalho, diversas famílias são sustentadas. De acordo com Antônio Correia, proprietário há nove anos de um depósito de reciclagem na Levada, o material reciclável que gera maior lucro é o cobre, chegando a R$ 9,50 o quilo, mas o comércio de latinha ainda permanece em destaque. “Os valores dos materiais oscilam durante o mês. Um quilo de latas de alumínio varia entre R$1,80 a R$ 2,00. Os catadores trazem o que conseguem nas ruas e no depósito separamos cada material para ser transportado para o sul do país. Latinhas, papelões, vidros, cobre, metais e entre outros. A renda chega a R$ 1.000 por mês”, diz Antônio.

Sabe-se que a reciclagem traz inúmeros benefícios, tanto para o meio ambiente quanto para o próprio ser humano. Resíduos como papelão, latinhas e vidros são encontrados nas ruas facilmente disponibilizando para muitos geração de renda. Segundo o biólogo e ambientalista Ricardo Teixeira, produtos como esses podem permanecer no solo e nos corpos hídricos (lagoas, rios, etc.) por longos períodos, impossibilitando a sobrevivência de inúmeros seres vivos e, por conseqüência, causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas da Terra. “É necessário que catadores desempenhem o trabalho de reciclagem, pois se resíduos como esses demorarem a ser reciclado pode prejudicar ao ecossistema. As pessoas devem valorizar trabalhadores que desenvolvem uma função social, trazendo melhoria no meio ambiente e qualidade de vida para todos”, ressaltou Ricardo.

No âmbito nacional, a reciclagem de latinhas de alumínio atingiu a marca de 91,5% em 2010, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS). O percentual, considerado alto, reflete no valor de mercado da sucata de materiais comercializados. Os números apresentados vêm seguidos das embalagens PETI, com 54,8%, o vidro, 47%, as latas de aço a 46,5% e o papel, 43,7%.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Anjos de Plantão



Por Mickaell Clygens

Solidariedade dos radioamadores ajuda vítimas das enchentes em Alagoas.

De hobby à profissão, os radioamadores prestaram serviço a custo zero nos municípios afetados pelas chuvas em Alagoas, no último mês de junho. Presente em alguns municípios e com 40 anos de existência em Alagoas, o radioamadorismo foi o único meio de comunicação ativo no período das cheias no Estado.

Com a inundação de casas e a perda total de contato com outros locais, devido a quedas de torres telefônicas nos municípios de Quebrangulo e Branquinha, os radioamadores – em parceria com o Governo – manteve uma comunicação direta com os Bombeiros de Maceió.

Sebastião Marcelo de Lima, presidente da LABRE (Liga Brasileira de Rádio Emissão) ressaltou que a comunicação só foi possível através de um receptor e de um radioamador que esteve presente no local. “Se não tivéssemos um colega radioamador com seus equipamentos, seria complicado Maceió saber da situação de Quebrangulo. O equipamento apresentava alguns defeitos, o que tínhamos que fazer era trocar algumas peças para poder ser feita a comunicação entre Maceió e Quebrangulo”, disse o presidente.

Muitos ainda desconhecem da importância que os radioamadores tiveram nas enchentes. Atualmente o radioamadorismo é praticado por poucos. De acordo com o presidente da LABRE, a falta de interesse de autoridades do governo conta para que essa área não seja reconhecida como merece. “Todos os gastos com compra de aparatos e novos receptores saem do nosso bolso, não temos fins lucrativos com nada, a paixão pelo radioamadorismo fala mais alto. Os equipamentos são caros, varia de 200,00 a 50 mil reais. Se firmamos uma parceria com o governo e conseguirmos esses equipamentos tudo seria melhor”, reclamou Sebastião.

Geral do Radioamadorismo

O Radioamador ou radioamadoristas, é aquele indivíduo que é habilitado pelo Governo brasileiro para operar uma estação de radiocomunicação amadora. A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) é responsável pela regulação do serviço de radioamadores do Brasil. O radioamadorismo também auxilia órgãos oficiais de salvamento, resgate e prevenção à calamidades. Esta se chama Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (RENER), pessoas que são voluntárias.

Conforme as regras da Anatel, o Serviço de Radioamador é um serviço de radiocomunicações, realizado por pessoas autorizadas, que se interessem pela radiotécnica. Sem fins lucrativos nehum, e tendo como objetivo à intercomunicação, a instrução pessoal e os estudos técnicos, o radioamadorismo limita-se a utilização para outros fins que não seja em sua determinada estação.

Para ser radioamador o cidadão deve ser autorizado pelo Governo Federal, o radioamador precisa possuir equipamentos de radiocomunicação, linha de transmissão e antena. Lembrando que é necessário ser radioamador, ou operador de estação de rádio-cidadão.

A autorização para a execução do serviço de radioamadorismo concedida pelo Governo Federal é precedida de provas executadas pelo candidato, onde são avaliadas suas capacidades operacionais, seus conhecimentos da legislação das telecomunicações, de ética operacional, além da suas capacidades técnicas no manuseio e conhecimento teórico de rádio transceptores, equipamentos, antenas e outros aparatos.

O exame de avaliação é promovido por uma entidade não governamental e representativa dos radioamadores perante o Governo Federal. A Liga de Amadores Brasileiros de Radioemissão - LABRE ou a Anatel é responsáveis pelas realizações das provas. Os exames são gratuitos.

Seguindo uma escala de exames, o radioamadorismo é dividido em três classes. A classe “C” consiste nos testes de, Técnica e Ética Operacional, Legislação de Telecomunicações. A classe “B” em, Conhecimentos Básicos Eletrônica, Eletricidade, Transmissão e Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse. Já a última clásse “A”, os aprovados na classe “B” decorrido um ano da data de expedição do COER (Certificado de Operador de Estação de Radioamador) aprovados no teste de Conhecimentos Técnicos de Eletrônica e Eletricidade, conforme interpretação dada pela ANATEL ao Regulamento do Serviço de Radioamador, anexo à Resolução n.º 449/2006, constante do documento denominado Procedimentos de Testes de Comprovação de Capacidade Operacional e Técnica.

Com todos esses exames o radioamadorista pode ter sua licença de funcionamento de uma estação de radioamadorismo, documento que libera o uso e instalação da estação transceptora ao detentor do Certificado de Operador de Estação de Radioemissão, podendo este ser pessoa física ou ainda entidades de ensino, associações de radioamadores. Se tratando de serviço de utilidade pública, em ocasiões excepcionais, as freqüências podem ser solicitados para ser utilizados como reserva técnica para a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, etc.

Com o final da Ditadura Militar, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988, o radioamador não é obrigado a ceder equipamentos para quaisquer órgãos de repressão de forma injustificada, podendo os responsáveis serem processados e presos em caso de submeter o cidadão a situação vexatória. O único órgão responsável pela habilitação, homologação, fiscalização e legislação das estações de radioamador no Brasil é a Anatel.

Conheça mais o radioamadorismo:
www.labre.org.br
www.anatel.gov.br

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Futebol americano: em busca de um lugar ao sol




Por Mickaell Clygens

Com pouco tempo em Maceió, o Futebol Americano vem ganhando destaque no esporte Alagoano. Atualmente, o esporte conta com apenas duas equipes: a Maceió Crebs e a Maceió Vikings. Devido à falta de patrocínio do Governo, o futebol americano alagoano vem passando por algumas dificuldades. Não há um espaço ideal para que possa ser realizada a prática do esporte, além da falta de patrocínio de órgãos públicos. Entrevistamos o técnico e presidente do Maceió Vikings, Ricardo Alexandre, para saber do que o esporte precisa para alavancar no Estado de Alagoas.

1 – O que é o futebol americano?

R – O futebol americano, conhecido nos Estados Unidos da América simplesmente como football (“futebol”, em português), e em alguns outros países de língua inglesa, é um desporto de equipe e de contato que surgiu de uma variação do rugby e que recompensa a velocidade, agilidade, capacidade tática e força bruta dos jogadores que se empurram, bloqueiam e perseguem uns aos outros, tentando fazer avançar uma bola em território inimigo durante uma hora de tempo de jogo, que se transforma em três ou quatro de tempo real. É frequente ver no futebol americano uma metáfora para a guerra, com muita violência pessoal a ter lugar dentro do campo, com jogadores pesando 150kg ou mais a empurrar-se mutuamente com cada grama do seu peso, e com uma linha de frente claramente definida, que se move para trás e para a frente ao longo do campo, separando as equipes de ataque e defesa.

2 – Qual a diferença entre o futebol jogado com os pés e o futebol americano, jogado com as mãos?

R – Existe um pouco de confusão mesmo. Para o inglês da Inglaterra o nome é FOOTBALL e para o inglês dos Estados Unidos é SOCCER, que se joga apenas com os pés e toques rápidos de cabeça. Nos Estados Unidos, existe outro jogo diferente do que se conhece no Brasil: Football – é o deles mesmos e não é aquele que se conhece com qualquer nome no mundo, e é jogado na grande parte do jogo com as mãos mais existem lances que são aplicados com os pés como o Kikoff, Field Goal e o Punter. Nos Estados Unidos AMERICAN FOOTBALL (para eles mesmos – football – simplesmente) é aquele que é jogado com uma bola oval. As regras não são as que conhecemos do (soccer – EUA / football – Inglaterra).

3 – Onde ele é mais praticado?

O futebol americano é extremamente popular nos Estados Unidos. Desde os anos 1990, passou mesmo o baseball como o esporte mais popular da nação. A liga profissional, a National Football League (NFL), que consiste de 32 equipes, é muito popular. O seu jogo do título, o Super Bowl, tem uma audiência anual de quase metade dos lares com TV americanos, e é também emitido para 150 outros países em cerca de 30 idiomas diferentes. As quinze maiores audiências da história da televisão americana foram em jogos de Super Bowl

4 – Qual o time que mais venceu na NFL?

R – O maior campeão da NFL é o Green Bay Packers, com 12 títulos. 5 – Ha quanto tempo existe no Brasil? R – A primeira transmissão televisiva do futebol americano na América do sul foi em 1969 pela TV Tupi. As transmissões não eram ao vivo, o canal recebia a gravação dos jogos da CBS. As transmissões eram narradas por Walter Silva, logo na primeira transmissão ele pediu ajuda aos telespectadores que conheciam do esporte, na outra semana os jogos já estavam sendo comentados pelo norte-americano Thomas Noonan. Após isso o esporte só iria voltar a ter transmissões ao vivo na década de 1990, pela Rede Bandeirantes, do Campeonato de Futebol Americano dos EUA entre 1994 a 1998. Atualmente os canais ESPN e BandSports transmitem os jogos da temporada NFL de domingo e segunda-feira. A ESPN transmite os jogos de horário nobre dos EUA, ou seja, o Sunday Night Football (aos domingos, 20h) e o Monday Night Football (às segundas, 20h30). Já o BandSports possui os direitos de transmissão das partidas de transmissão regional nos EUA.

6 – Há quanto tempo existe em Alagoas/ Maceió?

R – Há 3 anos e o movimento do esporte foi iniciado na praia de Pajuçara com o time que hoje é o mais antigo aqui do estado, o Maceió Crabs. 7 – Quais os benefícios que o futebol americano trás para seus atletas? R – Como o futebol americano é um jogo de estratégia ele requer muita habilidade em raciocinar rápido dos atletas. Muitos acham que o esporte é apenas truculento e é um show de pancadaria, mas se não houver disciplina tática, companheirismo e união em um time de FA, a estratégia não irá funcionar, então com tudo isso em questão posso dizer que os maiores benefícios são: disciplina, companheirismo e união que para os nossos jogadores menores de idade em formação são de extrema importância na formação do caráter e da moral.

7 – O futebol americano recebe alguma ajuda Estado/Governo?

R – Ainda não, o que acontece é que o Município na pessoa do secretario Eduardo Canuto sempre que pode apóia os eventos e ajuda com o que pode, mais o Estado em si não apóia nem manifesta interesse no esporte. Mas quero ressaltar que existe um problema maior que é a divulgação. Nós gostaríamos de levar projetos para as escolas e faculdades locais e desenvolver um projeto onde pudéssemos participar do campeonato brasileiro da 1ª divisão, mais é um sonho que ainda iremos realizar. O projeto existe mais ainda falta alguém acreditar e ver que o esporte é tão rentável quanto o soccer (futebol).

8- Quantas equipes existem em Maceió? Como fazem para treinar? Participam de competições?

R – Oficialmente, duas. Há uma que ainda pode voltar às atividades. São elas:

Maceió Vikings Futebol Americano

Local dos treinos – campo da escola Léia – Praça Padre Cícero S/N Vergel do Lago Contato – 82-8841-9371 – rwdtecnico@hotmail.com www.maceiovikings.xpg.com.br

Maceió Crabs – Futebol Americano

Local dos treinos: quintas e sábados, em frente ao hotel Enseada – praia de Pajuçara Maceió Black Rats – sem treinos no momento

9 – Quais as dificuldades que o futebol americano encontra?

R – Em primeiro lugar a maior das dificuldades é a falta de crédito dos possíveis patrocinadores e órgãos públicos. Em segundo lugar, a falta de campos – os clubes de futebol não aceitam nos ceder os campos achando que vamos estragar o campo. Mas a maior prova de que isso não acontece é que os times do eixo sul/sudeste só pais estão todos com parceria com grandes clubes do futebol brasileiro.

10- Qual sua opinião sobre o desenvolvimento do esporte em Alagoas?

R – O esporte vem se desenvolvendo bem. Apesar das dificuldades, temos feito muitos amistosos pelo Nordeste a fora e estamos cada vez mais convencidos de que em breve estaremos com o apoio necessário para darmos andamento ao nosso grande projeto.

11- O futebol americano sofre algum preconceito?

R – na verdade eu não chamo de preconceito, mas sim de falta de informação. Ser tachado de truculento e maluco é algo não nos incomoda mais. Estamos nos divertindo com o esporte que escolhemos e somos felizes praticando e continuaremos assim até que não possamos mais estar nos campos.

Os Vikings tem um projeto itinerante, que consiste em levar a escolinha de futebol americano a todos os bairros de Maceió e algumas cidades do interior, divulgando assim ainda mais o esporte.

Como funciona?

O time vai ao local escolhido e monta um centro de treinamento para crianças e jovens. Haveria incentivo ao esporte no local até que uma equipe fosse formada e pudesse seguir sozinha. No fim, seria montado um coletivo de apresentação entre ataque e defesa. Os Vikings querem também conseguir acesso às escolas públicas para inserir o esporte como forma de diminuir a violência.

Maceió Vikings
Contato – 82-8841-9371

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Patrimônio Histórico de Maceió será demolido


Por Mickaell Clygens

Hotel Palmares é vendido para novo empreendimento comercial

Mais um pedaço da História de Alagoas vai se apagar. Com 60 anos de existência, o Hotel Palmares, localizado no Centro de Maceió, será demolido para construção de um estabelecimento comercial. Devido à falta de investimento de antigos proprietários, o hotel encontra-se em péssimas condições estruturais.

Para a gerente do hotel, Vandete da Silva, a falta de segurança na região também contribuiu para a atual situação do estabelecimento. “O movimento é muito baixo, não temos retorno financeiro. O prédio já foi arrombado várias vezes, nossos próprios clientes nos roubavam. Atualmente, evitamos hospedar alguém. De 25 quartos, só dez estão funcionando. Com o passar do tempo ficamos sem saber o que fazer. O hotel é um patrimônio histórico, mas a criminalidade nessa região é grande”, disse Vandete da Silva.

O hotel apresenta problemas estruturais como rachaduras e infiltrações, além de mofo nas paredes. Os poucos clientes que aparecem ainda recomendam o local pela higiene e o baixo custo das diárias. O estudante Jânio Rodriguez de Lima, pernambucano, hóspede que veio à Maceió para realizar concurso público para ingresso na Polícia Militar, declarou que o hotel é bom, e foi indicado pelos pais que estão em Pernambuco. “Fiquei surpreso quando cheguei, pois não espera encontra o prédio na situação de calamidade. Os quartos são pequenos, mas muito limpos e organizados. Espero que não seja demolido”, aposta ele.

História do Hotel

Na década de 1950, o Hotel Palmares, antigo Hotel Central, era considerado por muitos uns dos prédios mais sofisticado da capital. Com azulejos e mastros portugueses, chamava a atenção dos hóspedes e dos alagoanos que freqüentavam ou apenas passavam pelo local. O edifício luxuoso e requintado hospedou figuras ilustres como Pelé, o Rei do Futebol, Nelson Gonçalves, o seresteiro, e Waldik Soriano, o Rei do brega.

Para Gilberto Leite, pesquisador do Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA), Maceió era repleta de hotéis luxuosos. “A Boca de Maceió, localizado na praia da Avenida, era a porta de entrada da cidade. Ocupada por inúmeros hotéis luxuosos, dificilmente nos deparávamos com algum empreendimento comercial. O que se via eram os Correios, Delegacia Fiscal e uma linda visão da praia da Avenida.

Atualmente, ocupado por grandes lojas e empresas do mercado financeiro, o centro de Maceió teve prédios restaurados ou demolidos para construção desses novos empreendimentos. É o caso do antigo Hotel Pimenta, com mais de 60 anos, que foi demolido para dar lugar a sede da Previdência Social, na rua da Praia.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Diretoria do Milan decide futuro de Ronaldinho


Por Mickaell Clygens

Reunião com diretoria do Milan decidirá destino do craque após especulações

Nesta segunda (02) a comissão da direção do clube italiano decidirá o destino de Ronaldinho Gaúcho. Estarão presentes no encontro o craque, seu irmão, Roberto Assis, e Adriano Galliani, vice-presidente do Milan.

Durante as férias o futuro de Ronaldinho foi discutido na direção, houve muita especulação sobre sua possível saída do time italiano. Flamengo, Palmeiras, Los Angeles Galaxy, dos EUA, e Olympiakos , da Grécia, se interessaram por ele. Nenhum clube se manifestou.

A reapresentação do elenco será nesta terça (03), e o novo técnico, Massimiliano Allegri, quer saber logo se poderá contar com o maestro da bola, que tem contrato até junho de 2011. Em sua última noite no Rio, sábado, o craque foi ao show do rapper 50 Cent.

O clube precisa de dinheiro para reformula o elenco, o momento é agora. A partir de janeiro Ronaldinho terá direito a assinar um pré-contrato com outro clube e depois sair de graça ao fim da temporada. Dois obstáculos dificultam a sua transferência agora: é o jogador preferido do presidente Silvio Berlusconi e foi o melhor do time na temporada passada.